Definições

Ecoturismo é definido como: "turismo desenvolvido em localidades com potencial ecológico, de forma conservacionista, procurando conciliar a exploração turística com o meio ambiente, harmonizando as ações com a natureza, bem como oferecerendo aos turistas um contato íntimo com os recursos naturais e culturais da região, buscando a formação de uma consciência ecológica". (Embratur, 1991).

A mesma Embratur, em 1994, através do seu documento "diretrizes para uma política nacional de ecoturismo", oferece uma outra definição: "segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva a sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista, através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das populações envolvidas"

Histórico

Um dos primeiros a utilizar e definir a atividade ecoturística foi Ceballos Lascurain, na década de 80, conceituando turismo ecológico como "a realização de viagens para áreas naturais não perturbadas ou contaminadas, com objetivo de admirar, gozar e estudar a paisagem, sua flora e sua fauna, assim como as culturas passadas e presentes em tais áreas".

Fundamentos

O ecoturismo baseia-se em dois princípios:
* a proteção dos recursos naturais das áreas visitadas não pode ser comprometida;
* e as populações vizinhas a estas devem ser envolvidas e beneficiadas pela atividade ecoturística.

Recursos naturais

Os recursos nativos existentes em nosso território constituem um patrimônio na oferta ecoturística nacional e internacional, sendo destacados nas regiões:

* floresta amazônica
* mata atlântica
* 8.500 km de litoral
* cerrado
* pantanal
* caatinga
* campos

Do território brasileiro, apenas pequena parte das áreas naturais estão legalmente protegidas; mesmo assim, esses locais, na maioria das vezes, têm seus recursos explorados de maneira indevida, sem uma preocupação efetiva com o meio ambiente. (a maior parte destes areas protegidas estão sob a criação de unidades de conservação.)

Quanto tempo leva a natureza para absorver ?

Jornais	2 a 6 semanas
Embalagens de papel	1 a 4 meses
Cascas de frutas	3 meses
Guardanapos	3 meses
Pontas de cigarro	2 anos
Fósforos	2 anos
Chicletes	5 anos
Nylon	30 a 40 anos
Lata de alumínio	100 a 500 anos
Tampas de garrafa	100 a 500 anos
Pilhas	100 a 500 anos
Sacos e Copos plásticos	200 a 450 anos
Garrafas e frascos de vidro ou plástico	Tempo indeterminado

Texto editado por Marcelo Ozório

Sugestões

Estas sugestões foram escritas em 1998, data do lançamento deste site. A seguir, você tem comentários atualizados em 2007.

Por ser uma região montanhosa, o clima de Pocinhos é muito frio no inverno. Não esqueça de roupas adequadas.

Não perturbe o gado no pasto e não estrague as cercas de arame.

Leve todo o seu lixo de volta e nunca deixe-o em locais de visitação, desde o maior até o menor e o mais inofensivo (que você pensa ser inofensivo). Parece meio estranho recomendar isto, mas, infelizmente, é ainda muito necessário, pois o grau ecológico das pessoas ainda é muito emergente, principalmente nas gerações mais antigas. Por favor, não jogue bitucas de cigarro por aí. Algumas cabeças de gado já morreram por comer lixo e ingerir plásticos juntos.

Não acampe em locais proibidos. Acampar em locais selvagens depreda a natureza, e você corre o risco de tomar uma multa da polícia florestal, do posto de Poços de Caldas.

Nunca mate uma abelha. O odor do "sangue de abelha" atrai outras já enfurecidas. Caso você tome a primeira picada, aí sim é hora de correr, pois, ao picar, a abelha deixa, no ferrão, parte de seu sistema digestivo, que exala o mesmo odor de "sangue de abelha", atraindo mais abelhas enfurecidas para o seu lado. Enfim, fique de olho, e caso se defronte com abelhas, o que seria raríssimo, fique calmo e imóvel, de forma a evitar a primeira picada.

Você não precisa fazer grandes coisas se encontrar uma cobra, apenas não faça nada, desviando do caminho. As cobras, assim como a maioria dos animais selvagens, só atacam se forem ameaçadas. Normalmente, a própria vibração dos passos as fazem se afastar de quem se aproxima.

Não fotografe animais selvagens, principalmente usando flashes, que podem assustá-los e enfurecê-los.

Por favor, quando necessitar, cave um buraco e enterre as suas fezes, longe de trilhas e cachoeiras. Como informação geral, deve-se defecar a mais de 100 m. de distância de qualquer fonte d'água, riacho ou rio, evitando-se também o caminho natural de drenagem de águas fluviais. Caso leve seu papel higiênico, enterre-o também, preferencialmente fundo. Não há nada mais desagradável que ver papel higiênico usado, enroscado na vegetação, flanelando ao vento. Evite defecar no cume de montanhas ou em outros locais de visitação pública.

Respeite a cultura local. Por favor, perceba que, ao visitar estas localidades, está, por vontade própria, indo a um lugar diferente de onde você provavelmente está habituado a viver, com outros costumes. Como visitante e turista, respeite os hábitos e a cultura local. As crianças brincam nas ruas. Os pedestres são respeitados e caminham lentamente, sem se assustarem com carros passando aceleradamente. Enfim, torne sua estadia e sua passagem numa oportunidade de relaxar e diminuir o ritmo. Tenha sensibilidade, percepção e seja bem-vindo.

Texto editado e escrito por Marcelo Ozório

Ame seu Planeta, preserve a natureza!

Ecoturismo

A preservação do ambiental como um todo, somado ao respeito pela identidade cultural de um município, ou seja, de uma população nativa, torna-se fundamental para o desenvolvimento sustentável e implantação do Ecoturismo.

Encontrar alternativas de desenvolvimento que tragam melhoria da qualidade de vida das populações locais aliadas à preservação do patrimônio ambiental e cultural tem sido um desafio para todos os envolvidos nesse processo. Aliar desenvolvimento e sustentabilidade dos recursos não é uma tarefa fácil de executar, mas é este o desafio que temos que vencer.

O reconhecimento de que algumas práticas adotadas em busca do crescimento econômico são nocivas ao meio ambiente e ao homem, não é suficiente. É preciso aceitar o desafio de promover mudanças nas políticas de desenvolvimento e encontrar alternativas para os modelos até agora adotados, modelos ultrapassados que só geram desigualdades e degradação.

Gestão e sustentabilidade são desafios de coerência na realização e implantação de projetos, atividades sociais de resultados transformadores onde se queiram ações verdadeiramente transformadoras e com resultados duradouros.

Valorizar a autonomia como fator de sucesso e de resultados transformadores, contrariando nossa cultura centralizadora, que é visível que não funciona, vide governo federal, estadual e municipal, em relação à maneira de gerirem os mesmos.

O turismo é uma das atividades sócio-econômicas de maior importância em vários paises do mundo, chegando a ser a de maior ênfase em muitos deles, como a Espanha e França. As estimativas atuais são de que o turismo gera uma receita anual de US$ 3,4 trilhões, ou seja, 10,9% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial (Wearing e Neil, 2001).

Esse crescimento tem implicações significativas para os países em desenvolvimento. Atualmente, as receitas obtidas do turismo representam mais de 10% da receita total em 47 países em desenvolvimento e mais de 50% do valor auferido com exportações em 17 países (Wearing e Neil, 2001).

Por essas razões o turismo é bem valorizado por diversos países e, na maioria das vezes, desempenha um papel estratégico de desenvolvimento. O turismo é bastante promovido, e os seus representantes são cumprimentados, cortejados pelos governos devido ao seu significativo potencial de sustentar o câmbio e os empregos locais.

Portanto valorizar a cultura local, gerar empregos e condições adequadas para que as pessoas possam viver bem, nos aspectos socioeconômico, cultural e ambiental.

Desenvolver o manejo florestal, extração de óleos essenciais, madeira, técnicas de agrofloresta, agricultura orgânica, até a montagem de um centro de pesquisas, com o objetivo de estudar e apreender, a preservar também a nossa história, nossa origem.

Texto editado e escrito por Werner Rabello

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EMBRATUR. Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo. Brasília, 1994.

WEARING, Stephen e NEIL, John. 2001. Ecoturismo: impactos. Potencialidades e possibilidades. São Paulo: Editora Manole.